Começou a época das Ferras e hoje deixo aqui algumas sugestões para que o resultado final seja o melhor possivel e do agrado de cada Criador, as fotos deste artigo são da Ferra das Coudelarias Rui Manteigas e Manuel Teixeira. Quando chega a altura de marcar a fogo ou a frio um Poldro/a o mesmo/a já deve estar minimamente arreatado. O primeiro passso, para ambas as técnicas, a fogo ou a frio, é rapar o pêlo na zona ou zonas a marcar. A contenção é a parte principal para que o resultado final seja o pretendido, o Poldro/a deve estar bem imobilizado e seguro de forma a quando colocármos o Ferro não se mexa. Para que a imobilização seja eficaz, podemos usar vários métodos: colocar o Poldro/a numa manga, segurar uma orelha ao mesmo tempo que se segura através de um prega junto à espádua, colocar um aziar, empurrar o Poldro/a contar uma parede, segurar na cauda, etc., o Criador deve também ter um pouco de sensibilidade sobre a melhor forma de imobilizar o Poldro/a. Por uma questão de tempra, em nossa opinião, o Ferro deve ser aquecido em fogueira a lenha. Depois do Ferro aquecido e par nos certificármos da temperatura podemos experimentar, antes de colocar no Poldro/a, numa tábua de pinho, não devendo o Ferro incendiar a tábua. Depois do Ferro estar na temperatura certa é só colcar o Ferro no Poldro/a, devendo a marcação não exceder os 2 segundos. Antes deve-se dar umas pancadinhas com um pau na zona a marcar para o Poldro/a se descontrarir e não sentir tanto quando colocármos o Ferro. Em relação à marcação a frio já abordámos esse tema num artigo aqui no Blog anteriormente. As fotos são o resultado da ferra a fogo, de um poldro ruço e outro baio, que demonstrão uma excelente qualidade marcação.
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